O termo Bokhara é bastante usado no mercado de tapetes, mas originalmente se refere a tapetes produzidos pelos povos turcomanos da Ásia Central. Entre eles, a tribo Tekke é considerada a mais importante e a principal responsável pelo estilo que hoje chamamos de Bokhara.
· Os Tekke eram um dos maiores clãs turcomanos, habitando principalmente a região do atual Turcomenistão e partes do Uzbequistão.
· O nome “Bokhara” vem da cidade de Bukhara (atual Uzbequistão), um importante centro de comércio na Rota da Seda, onde os tapetes dos Tekke eram vendidos. Por isso, no Ocidente, eles ficaram conhecidos como “Bokhara”, mesmo que fossem tecidos fora da cidade.
v Desenho: o motivo mais famoso é o chamado "gul Tekke", uma forma octogonal repetida em fileiras por todo o campo do tapete. Esses símbolos são de origem tribal, servindo quase como um “brasão” da tribo.
v Cores: predominância do vermelho profundo (obtido de corantes naturais como a raiz da rúbia) combinado com preto, marfim e às vezes azul.
v Materiais: lã de alta qualidade, fiada à mão. Muitos exemplares antigos tinham base (urdidura) de lã ou até de algodão.
v Formatos: além de tapetes, os Tekke produziam enjolras, portas de tendas, bolsas de sela e outras peças utilitárias, pois eram nômades.
v No século XIX, os Bokhara Tekke já eram altamente valorizados na Europa, trazidos por comerciantes russos e britânicos.
v O design simétrico, a suavidade da lã e a elegância do padrão tornaram-nos extremamente populares.
v Muitas peças antigas (do século XIX) hoje estão em museus e coleções privadas, com alto valor histórico e artístico.
v Até hoje, o padrão Bokhara Tekke é reproduzido em vários países (Paquistão, Irã, Afeganistão), embora os exemplares autênticos dos Tekke turcomanos sejam os mais valorizados.
v São considerados tapetes de prestígio, símbolo de status e tradição, tanto no Oriente quanto no Ocidente.